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Moradores denunciam abandono de animais em praças do Parque Piauí 07/10/2015 às 22:24:14

Os moradores que residem próximo ao Clube dos Cem, no bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina, presenciam, diariamente, o abandono de animais, principalmente de gatos, nas praças que ficam entorno do clube. Muitos, sensíveis com esses seres, acabam acolhendo, cuidando e, posteriormente, colocando-os para adoção. Contudo, com o aumento da quantidade de casos, a comunidade não tem conseguido atender a todos esses animais e pede ajuda aos órgãos e mais consciência por parte da população. 

A professora aposentada Velma Maria Lima é uma dessas pessoas que acolhe os gatos que são abandonados em uma pracinha que fica em frente a sua residência. Amante de animais, ela denunciou que se sente incomodada ao ver os bichos, alguns até feridos, sendo jogados no local. 

“Eu não consigo ver um bicho na minha porta e não fazer nada. As pessoas que gostam realmente acabam adotando, mesmo sem poder. Eu mesma não tenho condições, porque meu pai já é de idade e minha mãe também. Eu já tenho oito gatos dentro de casa, e só acolho mais porque não consigo ver um irresponsável jogar um gato na minha porta e ficar de braços cruzados, sem fazer nada”, disse. 

A moradora conta que já chegou a se reunir com vizinhos e parentes para formar uma espécie de rede de proteção e adoção aos animais, para que, quando algum gato seja encontrado, eles se mobilizem para encontrar um novo lar. Velma Maria cita que, apesar de complicada, a atitude de criar essa rede tem dado certo e muitos animais já foram adotados. 

Foto: Elias Fontenele/ ODIA

“Graças a Deus, tem dado certo e sempre encontramos uma alma caridosa para adotar. E, infelizmente, ainda temos dificuldades quando os gatos estão debilitados ou não são de raça. Quando é de raça, todos querem, mas, quando são gatos comuns, demora muito para conseguir um dono. Mas não desistimos, continuamos cuidando e tentando ver se conseguimos um lar para eles”, relata.

A professora aposentada denuncia ainda que são os próprios moradores da comunidade que abandonam os gatos nas praças, mas que, como não tem provas de quem realmente comete o ato, não tem como denunciar ou cobrar. Porém, ela afirma que já chegou a presenciar o abandono acontecendo durante a madrugada. 

Outra moradora que também sempre ajuda e acolhe os gatos abandonados é a dona de casa Maria Zuleide Vale. Segundo ela, sua atitude é visando apenas o bem-estar dos animais. “Eu tenho vejo eles abandonados e alguns machucados; então, eu pego, cuido e, quando está melhor, coloco para adoção. Aqui nessa praça, é só o que tem e quem abandona são os próprios moradores”, lamenta. 

Sem saber mais o que fazer, ela pede a colaboração dos órgãos públicos para que tomem providências e façam ações que inibam esse tipo de atitude. Segundo Velma Maria, ações educativas para conscientizar as pessoas de que abandonar é crime, ou promover um programa de castração, poderiam ajudar a reverter esses casos. 

“Eu sozinha não dou conta, nem os outros vizinhos que ajudam. Eu acho que teria que ter maior conscientização, porque leis já existem. Maltratar e abandonar um animal é crime, mas você não vê essas leis serem cumpridas de fato e, quando você vai em uma delegacia denunciar isso, ninguém se importa. Deveria haver não só campanha de educação, mas programas para ajudar quem tem mais de três animais”, destacou a professora aposentada Velma Maria. 

 Associação reforça que abandonar animais é crime passível de detenção 

A administradora da Apipa (Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais), Jane Hadhad, frisa que o abandono de animais é algo cada vez mais comum, inclusive em frente à ONG, e que este ato é considerado crime, segundo as leis. “Quem abandona um animal pode pegar de seis meses a um ano de detenção. E se o animal vier a óbito, essa pena pode ser dobrada. Infelizmente, as leis não são cumpridas como deveriam, e isso acaba ficando impune”, disse. 

Sobre os animais abandonados nas proximidades do Clube dos Cem, Jane Hadhad ressalta que é preciso que as pessoas tenham consciência de que esses bichos também precisam de cuidados e que ninguém tem a obrigação de acolher os animais abandonados por terceiros.

“As pessoas fazem isso porque essa senhora fica com pena e acolhe, muitas vezes sem condições. Só que as pessoas vendo isso, continuam fazendo, porque sabem que ela não vai deixar os animais abandonados. Essas pessoas não têm consciência da irresponsabilidade que estão fazendo e ficam passando essa responsabilidade para outras. Se não tem condições de cuidar, então não adote um bichinho”, frisa Jane Hadhad. 

Este pensamento é o mesmo da gerente do Centro de Zoonoses de Teresina, Oriana Bezerra. Ela reitera que as pessoas precisam ter consciência de suas responsabilidades ao adotar um animal e, caso não possam mais ficar com eles, que busquem um novo lar e alguém que possa adotá-lo. 

“Ter um animal não é só colocar comida e água, requer tempo, dinheiro e atenção. Então, se a pessoa não pode dar isso, é preferível que não crie. Outra coisa, animal não é presente. As pessoas costumam presentar as crianças com filhotes, mas esquecem que eles crescem e precisam de cuidados, e acabam abandonando-os. 

Castração gratuita 

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) e o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí (HUV/Ufpi) estão firmando um convênio para que, mensalmente, sejam realizadas 80 cirurgias de castração de animais de pessoas de baixa renda. Um levantamento das áreas com maior registro epidemiológico está sendo feito para que as famílias dessa região façam um cadastro e possam ter acesso ao benefício. 

A expectativa é de que, ainda neste mês de outubro, o serviço esteja disponível, no qual o beneficiário não terá nenhuma cobrança de taxa adicional. “Ele apenas terá que levar seu animal até o Hospital Veterinário, aguardar a cirurgia e levar seu animalzinho para casa”, finaliza Oriana Bezerra, gerente de Centro de Zoonoses de Teresina.

Por: Isabela Lopes

Fonte: (Portal o Dia)






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