Claudia Irente
Da reportagem local

Entre a tarde de domingo e a madrugada de ontem, desconhecidos entraram na creche Lar Escola, na avenida Antônio Nascimento Costa, na Vila Oliveira, em Mogi das Cruzes, e mataram todos os animais que eram cuidados pelas crianças que estudam no local.
O estabelecimento de ensino fica a poucos metros do 1º Distrito Policial (DP) Central, onde o caso foi registrado como "prática de ato de abuso a animal" e está sendo investigado. Até o fechamento desta reportagem, não havia informações de possíveis suspeitos do crime.

Cristiane Cecília de Oliveira, coordenadora do Lar Escola, disse que a creche, fundada em 1953, é subvencionada pela Prefeitura e que hoje ficam na unidade, de segunda a sexta-feira e em período integral, 71 crianças de 2 a 5 anos e meio de idade. "O trabalho com animais faz parte do nosso projeto pedagógico, pois elas ajudavam a cuidar do coelho, da pata e das dez galinhas, galos e pintinhos que eram criados no terreno da creche. Mas estes 12 animais foram mortos", lamentou.

A coordenadora da creche afirmou ontem, por telefone, que chegou ao trabalho às 7 horas, com outro funcionário, quando se deparou com a cena. "No fim de semana, as aves ficam soltas no quintal e, quando chegamos, estavam todas mortas no chão. Já a pata e o coelho foram mortos dentro dos espaços fechados onde ficavam. Também achamos pedaços de pau e pedras manchados de sangue".

Segundo Cristiane, aos fins de semana e feriados, não fica ninguém na creche, mas um funcionário ia uma vez por dia ao lugar, para alimentar os animais. "No domingo, ele esteve lá por volta das 15 horas e os bichinhos ainda estavam vivos. A gente suspeita que o fato tenha acontecido ao entardecer, embora ninguém nos arredores tenha visto nada".

A polícia, segundo ela, vai requisitar imagens de câmeras na vizinhança, com o intuito de verificar se pessoas foram flagradas entrando na creche.
"Nós não temos ideia de quem pode ter feito isso e nem por qual motivo. As crianças ontem já perguntaram sobre os animais e pretendemos contar a elas a verdade. Sensibilizados, algumas entidades e os próprios pais dos alunos se dispuseram a repor os bichinhos".

Foto: Mayara de Paula

Fonte: (Mogi News)