Caros leitores,

Nos últimos meses, o índice de Leishmaniose Visceral Canina tem aumentado consideravelmente em nossa cidade. E gostaria de chamar a atenção de vocês para essa situação, pois como muitas pessoas tem informações bem restritas sobre essa zoonose, acabam optando pelo sacrifício do animal infectado. E o fato é que hoje em dia, além de a leishmaniose ter tratamento, ela também pode ser prevenida nos animais de estimação.
Para entender melhor, a Leishmaniose é uma doença infectocontagiosa causada por um protozoário, conhecido como Leishmania, que é transmitido pela picada do mosquito flebótomo infectado, também conhecido como “mosquito palha” ou “birigui”. É considerada uma zoonose e pode acometer homens e cães. Essa doença é transmitida somente através da picada do inseto que estiver infectado.
Os sintomas mais comuns dessa doença é a perda de peso, pelagem opaca, falta de apetite, úlceras, anemia, apatia, inchaço nos gânglios, diarreias e vômitos persistente, desânimo, o crescimento exagerado das unhas e a seborreia, caracterizada por feridas que não se cicatrizam da maneira esperada. Se houver suspeita de que seu animal tenha essa doença, leve imediatamente ao Médico Veterinário, através de exames de sangue ele poderá confirmar o diagnóstico do animal.
Caso o exame dê resultado positivo, saiba que o tratamento não é proibido e pode ser feito através de injeções e medicações veterinárias de uso oral, e até manipuladas, por um custo muito mais acessível. Para que o resultado do tratamento seja o melhor possível, o correto é administrar os remédios regularmente, sem falha e sempre no mesmo horário. Em alguns casos, foi alcançada a cura total do animal, porém, isso são casos raros e normalmente o tratamento é contínuo, por toda a vida.
Para prevenir a doença em seu cão saudável, é necessário aumentar a resistência contra o desenvolvimento da doença. Atualmente, existe uma vacina contra a Leishmaniose Visceral Canina, que confere a proteção superior a 92% e devem ser associadas outras medidas de controle, como a aplicação de inseticida no ambiente e o uso de produtos repelentes, como a coleira Scalibor.
Somente um Médico Veterinário poderá realizar os exames e prescrever o tratamento para a Leishmaniose Canina. Lembre-se, não há necessidade de eutanásia!
Negar tratamento médico para um animal doente, que é de sua responsabilidade é CRIME, de acordo com o Artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/98, a pena prevista é a detenção de 3 meses a 1 ano e multa.

Por: Jéssica Sanabri

Fonte: (A Tribuna MT)