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Cão que aguarda por tutor em frente a hospital ganha cama e travesseiro 26/04/2014 às 12:55:21

Seco é um SRD de pouco mais de dois anos. Arisco e carinhoso, o cão é o melhor amigo do morador de rua Lauri da Costa, 55 anos. Depois de quase 30 dias sem arredar as patas do pátio de um hospital de Passo Fundo, no norte do Estado, onde Lauri está internado para tratar um câncer de pele no rosto, a história de amizade e lealdade entre os dois parceiros ganhou um novo capítulo.

Sem a presença diária do amigo, de quem estava longe desde o dia 31 de março, Seco andou pelas ruas, uivou e decidiu esperar no Hospital da Cidade pela volta do tutor. Somente na última semana os médicos permitiram que Lauri desse um abraço em seu fiel e, agora, inseparável amigo.

“É a coisa mais linda que podia acontecer comigo! Eu nem sei dizer o que senti. Foi emocionante!”, conta Lauri, que em mais de 20 dias de internação só recebeu a visita de uma filha — ele tem outros três filhos.

É possível que Seco também tenha ficado confuso. O tutor lembra que quando o cão o viu, saiu correndo, dando voltas em torno do próprio rabo. Lambia, latia, latia e lambia. “Parecia sorrir”, detalha Lauri. O encontro entre os dois, entretanto, só foi possível por duas razões: a persistência do cão e a comoção dos funcionários do hospital, que a cada dia que passava se compadeciam mais com a situação do animal, que parecia triste.

A assistente social Viviana Vizzoto, que é responsável por intermediar visitas diárias de 15 minutos entre os dois amigos, conta que foi impossível afastar o cão do hospital.

“Nós levamos ele para uma associação aqui na cidade, mas deu 25 minutos e ele já estava de volta na porta do hospital. Tentamos também levá-lo para o albergue onde os dois passam algumas noites, mas não tivemos sucesso. Ele nos venceu!”, conta emocionada.

Seco conquistou a todos na casa de saúde. O  SRD de cor caramelo e porte médio já ganhou cama, travesseiro, potinho de água e comida. Aliás, na última noite o jantar foi pizza, servida por funcionários do hospital.

Os encontros entre os dois faz parte do tratamento de Lauri. De acordo com os médicos, o carinho do cão pelo tutor pode ajudar o morador de rua a não abandonar o tratamento tanto para o câncer quanto da dependência química, iniciado em novembro do ano passado.

Lauri fez na última semana a segunda cirurgia para a retirada de um tumor na pele do braço. A previsão é que ele tenha alta esta semana. Até lá, Seco deve seguir como seu companheiro inseparável.

“Tenho certeza de que ele só sairá daqui junto comigo. E, isso me dá forças para seguir com meu tratamento de desintoxicação”.

Uma parceira de amor à primeira vista

A história de amizade entre os dois parceiros começa na Rua Paissandu, no bairro Operário. Lauri tinha ido trocar algumas latinhas por dinheiro quando encontrou com três cachorros na rua. Um deles, “magrinho”, chamou atenção do morador de rua.

“Ele era o último a comer e os outros não pareciam felizes com a presença dele. Me identifiquei na hora”, lembra.

A recíproca, no entanto, não foi verdadeira. Seco, que foi chamado assim devido ao seu biotipo na época, era arisco. Lauri conta que foi preciso um mês para “domar o bicho”. Tempo que foi suficiente para Seco aprender a amar o tutor. A partir daí, os dois se tornaram inseparáveis.

Noite e dia quem passa pela ruas de Passo Fundo pode acompanhar a relação de amizade entre os dois companheiros. Eles dividem as marquises, as lonas, a comida. Seco quer, inclusive, dividir a cama do albergue onde Lauri passa as noites geladas e de chuva.

“Ele chega a pular o muro e as janelas do albergue. Não entende que lá não pode “, brinca.

Nas ruas há quase uma década, Lauri tem experiência como pedreiro, marceneiro e cozinheiro. O morador de rua está desde novembro em tratamento para abandonar o vício no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps). Foi através do Caps que ele conseguiu entrar em um programa social do município e, assim que sair do hospital, deve começar a trabalhar na construção civil. O salário inicial será de R$ 500, pode parecer pouco, mas ele faz planos.

“Agora é vida nova pra mim e para o Seco!”

Foto: Luis Iarcheski / Especial

Fonte: (Zero Hora)






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