Em Itaúna ainda é possível encontrar cães nas ruas, muitas vezes magros e machucados. Seja por falta de disciplina ou porque estão ficando velhos ou até mesmo por falta de espaço, os cachorros costumam ser deixados em lugares afastados ou nas ruas da cidade. 

 

Alguns órgãos da cidade tentam amenizar esta situação de abandono, como é o caso do Centro de Zoonoses e a Associação de Itaúna de Defesa Animal, conhecida como AIDA. A reportagem da SANTANA entrou em contato com Antônio Delgado, um dos responsáveis pelo setor de Zoonoses, que contou um pouco sobre o trabalho que eles desenvolvem.

 

Ele afimou que o centro só recolhe os animais doentes, contaminados com patologias incuráveis. “Nos não estamos pegando os animais errantes, pois não tem como tratar esses animais e dar uma vida digna para  ele como manda na lei.” Perguntado sobre quais os critérios de recolhimento  ele disse que pega os cães quando estão  acidentados, com fraturas graves ou que estão  com leishmaniose confirmada por exames laboratoriais.

 

Segundo Antônio, a média de animais recolhida seria de 60ª 80 animais por mês: “Aqueles que identificamos nas ruas que possa estar com a doença, fazemos um teste rápido nele, é levado para a zoonose onde será realizado o teste confirmatório, quando o animal irá ser sacrificado”. Ele também afirmou que periodicamente realizam a busca por bichos infectados também nas casas e que estão construindo um local onde possam castras e vacinar animais com o apoio das ONGs ARPA e AIDA.

 

Também conversamos com Jorge Fonseca, um dos membros da Aida. Ele nos informou que a associação funciona há cerca de dois anos, e tem cerca de dez colaboradores, que realizam trabalho voluntário, ajudando os animais da cidade. De acordo com ele, no começo, a ONG já existia e era apenas ambiental até que eles a tornaram também em um órgão para ajudar os bichos. Jorge disse que os colaboradores realizam os trabalhos de acordo com a possibilidade de casa um, recolhendo cães acidentados, filhotes e animais das ruas.

 

 Ele disse que atualmente existem 15 cães para ser doados, que ficam na casa dele. “ As vezes tem um animal que precisa de ajuda, mas eu não tenho espaço para cuidar dele.” Para quem estiver  disposto a adotar um cão Jorge agradece “ pois a cada animal que for adotado, vou poder tirar um da rua e ajudá-lo.” Ele também disse que a ONG precisa de voluntários que tenham tempo disponível. Os interessados em ajudar com trabalho voluntário e doações podem ligar para o número dele 8844-3162.

Ao adotar um cão ou gato, alguns detalhes devem ser levados em conta.  Eles vivem de 10 a 15 anos, necessitando de cuidados diários ao longo deste tempo. É preciso, ao pegar um animal que estava na rua, vaciná-lo contra leptospirose e raiva e ir com ele ao veterinário para conferir se está tudo certo com a sua saúde. Também é importante lembrar que seu amigo de quatro patas tem que sair para passear e ter um espaço reservado para o novo membro da família. 

 

 

Fonte: (Santana FM)