Além da união de diversas equipes humanas na busca por corpos embaixo da lama em Brumadinho, cães farejadores também têm sido determinantes nas operações. O cãozinho Thor, por exemplo, que veio de São Paulo, é o aliado do bombeiro Leonardo nas buscas em torno da área da Mina do Córrego do Feijão. Embora tenha 5 anos, o animal já é experiente na missão, uma vez que já trabalhou também nas operações resultantes do rompimento da barragem de Fundão na região de Mariana. 

 

A Cruz Vermelha de Minas Gerais (CVB-MG) também tem desempenhado um importante papel nas ações. Os socorristas contam com a ajuda de cães que já atuaram em outras tragédias pelo mundo. Eles são oriundos da Espanha, Chile e Argentina, além do Brasil. 

Um dos trabalhos da CVB-MG, que envolveu nove cães farejadores e mais de seis horas de operação, resultou no encontro dos restos mortais de duas vítimas nessa quarta-feira (30).   

Segundo o diretor de Projetos da entidade, Bernardo Eliazar, os animais são dóceis e altamente treinados para esse tipo de situação. "Eles sentem o cheiro e apontam onde querem cavar, orientando as equipes que vão seguindo o rastro. Como o terreno era difícil, precisamos alternar as buscas entre os cães, para que pudessem descansar também", explica.  

Em alguns trechos do trabalho, a equipe gastou 40 minutos para avançar apenas 50 metros, como relata o socorrista do grupo Leonardo Tross. "Mesmo quando os cães apontavam para um local impossível de alcançarmos, mapeávamos aquele ponto como uma zona de interesse, em relatórios repassados ao Corpo de Bombeiros para o acesso, talvez, por meio de helicóptero", contou. 

Encontrado no lixo, cãozinho agora trabalha em Brumadinho  

Conforme mostrou a reportagem do G1, um cãozinho vira-lata preto, encontrado em um lixo de São Paulo há dois anos, hoje, é um dos cachorros que ajudam a encontrar os corpos em Brumadinho. Batizado de "Resgate", o cãozinho foi adotado na época e demonstrou ter talento para farejar. Desde então, tem sido treinado para este fim. 

Ele faz parte do grupo de voluntários "Resgate sem Fronteiras",  e também já atuou nas operações de busca em Mariana, quando a barragem de Fundão se rompeu em 2015. 

 

 

Fonte: (Hoje em Dia)