Saiba sobre o comportamento dos pets com a chegada do bebê 07/09/2016 às 20:56:02
A chegada do bebê, sem dúvida, muda toda a rotina da família e da casa. Tudo começa desde os preparativos e se intensifica quando o novo morador chega. Com isso os cuidados e atenção são todos voltados para o neném. Essas mudanças podem afetar muito a vida e o comportamento dos animais da residência que se tornam mais agressivos, ciumentos ou carentes.
Daí vem a preocupação de muito tutores com achegada do bebê na casa. A reação dos cães é natural, ele mudam com tantas novidades, mas a forma como isso é tratado geralmente não é a correta. Para esclarecer as dúvidas e tornar o processo mais saudável, o zootecnista e especialista em bem-estar animal, Renato Zanetti, fala o que é mito e o que é verdade para ajudar os donos a tomar uma atitude correta.
Cães sentem ciúmes?
Verdade! Na verdade é um sentimento bem próximo ao ciúme e se chama "potencial de reter recursos". Se o cão gosta de um determinado objeto ou pessoa, vai fazer de tudo para retê-lo. O tutor é um recurso que vale a pena lutar ele lutará de todas as maneiras para mantê-lo como era antes da chegada do bebê.
Cães ficam agressivos com a chegada do bebê?
Mito! O cão não se torna agressivo porque há um novo integrante na família. Ele fica, na verdade, entediado (pela falta de atenção), ansioso e apreensivo (devido a todas as mudanças) e insegura com o novo ambiente. Essas emoções fazem com que o animal tente se proteger e sejam confundidas com agressividade.
Cães começam a querer chamar atenção?
Verdade! Ao perceber que a atenção (que antes era destinada a ele) está sendo transferida para o bebê, o cão pode tentar resgatar o que perdeu. Ele começará a ter atitudes que realmente serão efetivas: latir, uivar, pular, etc. Já que nessas situações alguém certamente irá interagir com ele para que ele pare.
Verdade! Não adianta disfarçar. Os cães sabem (pelo cheiro, pelos barulhinhos do bebê e pelo comportamento diferente dos pais) que há algo novo no ambiente. O melhor que se tem a fazer é agir de forma natural e tentar acostumá-lo a novidade.
Cães e bebês podem ser grandes amigos?
Verdade! Não é porque o cão perderá o reinado que ele não terá um bom convívio com o bebê. Ambos podem se tornar excelentes amigos. Há muitos mais relatos de amizade entre cães e filhos do que o oposto.
O bebê deve ser mostrado ao cão logo no primeiro dia?
Mito! É preciso ter calma. Antes desse contato direto é preciso ter certeza de que tanto o animal quanto o bebê estão confortáveis. Acostumar o cão com a presença dele é importante para que ele não lata ou haja de alguma forma que possa assustar o machucar o bebê. Preocupe-se em criar situações positivas para o cão com a presença do bebê, a partir do momento que o animal associa isso, a situação passa a ter total controle.
Um cachorro mimado sofre mais quando deixa de ser o centro das atenções
Verdade! O cão perdeu o status de preferido da casa. Não porque sua família não tem mais interesse por ele, mas porque os pais precisam dividir o tempo disponível com o bebê, que demanda atenção em tempo integral. Fazer essa divisão de tempo de maneira que não prejudique muito mais o animal é importante. Uma forma de fazer isso é manter o horário e a frequência de passeios na rua, por exemplo.
O bebê e o cão podem ficar sozinhos porque já são amigos?
Mito! Jamais deixe uma criança sem a supervisão de um adulto junto de um cão. O comportamento da criança pode ser imprevisível e possivelmente ela colocará o animal em situações que ele ainda não foi testado (puxar o rabo, apertar as orelhas, subir em cima) e, por isso, a reação dele pode não ser muito boa, mesmo havendo uma amizade.
O cão precisa aprender a ser mais independente e a ficar sozinho
Verdade! Não é sinal de falta de amor ensinar independência ao cão, é torná-lo apto para sua inserção num ambiente humano. Com um bebê em casa, o tempo dos pais estará quase que exclusivo aos cuidados de banho, alimentação, descanso e, ainda, suas atividades domésticas, um animal que entende isso e não cobra atenção 24h melhora muito o convívio.
Mostrar roupinhas e objetos do bebê para o cão ajuda na adaptação
Verdade! Essa é uma excelente atitude. Mostrar o carrinho do bebê, deixar o cão cheirar as roupinhas, permitir que ele tenha acesso aos brinquedos e outros objetos diminuem a curiosidade do animal o tornam normais na rotina da casa.
É preciso dessensibilizar o cão ao toque
Verdade! Quando a criança estiver em fase de engatinhar ou andar, ela tenderá a se apoiar no cão. Ou, mesmo brincando e sem intenção de machucar, ela poderá puxar os pelos do cão. É necessário que ele já esteja acostumado a este tipo de toque. Um processo de adestramento é fundamental para que o cão não gere problemas maiores com a chegada do bebê.