Muito se engana quem acha que a Leptospirose é uma doença exclusivamente transmitida pelos ratos. Os cães e outros animais, através da água contaminada, também podem contrair a doença e ser fonte de transmissão dessa zoonose muito perigosa à saúde humana e animal, que pode levar o infectado à morte.
Segundo a médica veterinária Rafaela Pastl, a leptospirose é causada por uma bactéria, geralmente, eliminada pela urina de ratos, e por isso leva a população ao engano que apenas os roedores são fonte de transmissão dessa grave doença.
“Zoonozes são doenças de animais transmissíveis ao homem, bem como aquelas transmitidas do homem para os animais”, disse a especialistas. “Sendo assim, essa doença é uma zoonose causada por uma bactéria do tipo Leptospira que é eliminada principalmente pela urina dos roedores e permanece em poças de água a espera da pessoa, o do animal, que nela adentre”, resumiu a veterinária sobre a leptospirose — também conhecida como ‘Mal de Adolf Weil’, ou em sua forma mais grave, ‘Síndrome de Weil’.
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Dra. Rafaela Pastl responde questões ...
Nesse caso, segundo a Dra. Rafaela Pastl, homens e cães são os mais vulneráveis a contrair tal doença e, assim como os ratos, passam a ser fonte de transmissão da bactéria leptospira.
“As pessoas podem contaminar-se não apenas ao entrar em áreas urbanas alagadas pela chuva, como também em coleções de águas rurais de lagoas, represas e riachos. A bactéria invade por pequenas lesões de pele ou pelas mucosas em contato com a água - oral, nasal e ocular”, explicou a especialista.
De acordo com a Dra. Rafaela, como os cães também são os mais afetados pela doença, é necessário ter cuidado com o sangue e com a urina desses animais suspeitos de leptospirose. Ainda de acordo com ela, a doença é comum em Maceió, ‘principalmente em cães não vacinados ou com as vacinas atrasadas’ e em épocas de chuvas, quando há alagamentos e mais reservas dessas bactérias pela cidade.
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Cães com leptospirose apresentam icte...
A doença é grave, e (assim como nos seres humanos) pode levar o animal à morte, por isso, segundo a veterinária, é necessário que o tratamento, que é baseado em doses de antibióticos, seja iniciado rapidamente para que o animal tenha chances de cura.
“O cão contaminado pela leptospirose apresentará falta de apetite, vômito, febre e um sintoma bastante característico, a urina de cor amarronzada”, alertou a especialista para atenção dos tutores de cães. “A bactéria atinge os rins e o fígado do animal, alterando a função hepática, a leptospirose causará icterícia, notada pelo amarelamento das mucosas como olhos, gengivas, etc”, disse ela.
Como conselho, a médica veterinária indica que para evitar tais transtornos é necessário manter o animal em local higiênico, com as vacinas em dia, e caso haja alguma suspeita da doença, ficar longe do sangue e da urina do animal e levá-lo rapidamente a um veterinário para iniciar o tratamento.
Segundo a Pastl, os gatos não estão livres da leptospirose, mas é incomum esses animais contraírem tal doença. “Gatos são resistentes a essa doença, portanto não se vacina e se vacinar eles não reagem”.
*Com consultoria da médica veterinária Rafaela Pastl, que atende nas clínicas Focinho & Cia, na Ponta Grossa e no Santo Eduardo – Maceió-AL: (82) 3221-6998 e (82) 3337.1760.
Fonte: (http://primeiraedicao.com.br/)