Ao contrário dos humanos, os cães não precisam variar o cardápio, desde que comam um alimento completo e balanceado. A inclusão deste hábito na rotina deles pode ser bastante prejudicial à saúde.
Por que meu cão não come?
Um cão saudável não deve ficar mais de 2 dias sem comer. Eles eram caçadores e nem sempre conseguiam alimento, por isso têm uma capacidade de ficar em jejum, porém não por muito tempo. Mas lembre-se de que eles JAMAIS podem ficar sem água.
Um dos motivos da falta de vontade de comer pode ser você. Qual sua reação quando ele não come? Se a resposta for apreensão, angústia, saiba que ele sente isso e está só querendo chamar a sua atenção para pedir aquele petisco saboroso ou simplesmente para ganhar um carinho extra. O mais importante nessas horas é não ceder.
Outro motivo pode ser alimentação em excesso. Isto é, a porção servida pode estar sendo demais, então ele come e mesmo assim sobra comida. Siga corretamente a indicação no rótulo do alimento ou pergunte ao veterinário de confiança.
A causa mais comum foi citada no primeiro item: O petisco. Ao ganhar petiscos com muita frequência, o cãozinho fica com o “apetite caprichoso”, ou seja, não quer mais aquela ração “chata” e vai tentar convencer você de qualquer maneira. Os cães de pequeno e médio porte são experts nisso, pois sabem muito bem que são os bebês da casa e que você vai fazer de tudo para agradá-los.
“Preciso trocar a ração todo o mês, senão ela come muito pouco!”. Sabia que pode estar tudo normal? Quando o animal entra em contato com uma comida nova, ocorre o chamado “efeito novidade”. Ele vai comer avidamente por umas duas semanas e, se não houver controle, poderá até ficar obeso. Mas depois passa e ele começa a comer normalmente, então você pensa que ele “enjoou” da comida, vai lá e troca por outra.
Por último, pode ser que a área de defecação esteja muito próxima dos potinhos. Para este caso a solução é muito simples, basta afastá-los dali.
Meu cachorro enjoou da ração. O que fazer? Foto: Reprodução
Crie o hábito de servir em horários fixos. Três vezes por dia para filhotes e duas vezes para cães adultos. Sirva a ração, aguarde entre 15-30 minutos e retire, mesmo que ele não tenha comido. Se o coração amolecer, tente mais uma vez depois de 10 minutos. E depois, somente na próxima refeição. Ele vai acabar sentindo fome e comendo.
Não reaja de forma diferente ao servir. Simplesmente deixe a comida e saia. Não ofereça petiscos com frequência e nem perto da hora da comida.
Experimente servir uma porção menor ou somente alguns grãozinhos. Ele vai ver que a comida está escassa e “pode faltar”. Seu instinto vai falar mais alto e ele vai comer.
Procure oferecer alimentos mais palatáveis e de fontes nobres. A alimentação natural é uma ótima alternativa, desde que você recorra a empresas especializadas um veterinário nutricionista. Se não tiver tempo de preparar em casa, procure produtos certificados como balanceados e completos. Em geral, apenas animais com problemas sérios de inanição resistem à palatabilidade que este tipo de alimentação tem.
Acostume-o a receber alimentos de pessoas diferentes, para que você não sofra se precisar fazer uma viagem e tiver que deixá-lo com alguém.
Se ele apresentar comportamento fora do comum, como preguiça ao buscar a bolinha ou indisposição, procure um veterinário. As dicas só valem para animais saudáveis.
Seja persistente, não ceda. A alimentação também é um exercício de adestramento. E boa sorte! Lembre-se: qualquer alteração durante trocas de alimentação requerem atenção. Caso haja enjoos, amolecimento de fezes ou o pet fique mais de 2 dias sem comer, leve seu mascote imediatamente ao veterinário. Saúde não é brincadeira!
Escrito por Fabíola Monteiro, médica veterinária responsável pela empresa Panela do Pet, especializada em alimentação natural desidratada, ração natural sem corantes, conservantes ou aditivos químicos. Saiba mais sobre a Panela do Pet em www.paneladopet.com.br ousac@paneladopet.com.br
Fonte: (Portal do Dog)