Quantas vezes você se pegou reclamando do calor e procurando soluções para se refrescar nos últimos dias? Pois é, se não está fácil para os humanos, quem dirá para os cachorros. De acordo com a MetSul Meteorologia, algumas regiões do Brasil podem chegar a registrar até 45º nos próximos meses e, por conta disso, é preciso ficar atento à forma com que o pet está lidando com as altas temperaturas.
Apesar de não transpirarem como os humanos e conseguirem manter a temperatura ideal por meio da respiração, há alguns sinais que podem indicar que seu cãozinho precisa de ajuda.
Por exemplo, se ele está respirando rápido com a língua para fora, isso não significa apenas cansaço, mas também que ele pode estar com calor. Este é o primeiro sinal, explica a veterinária Thaís Matos, e foi o que aconteceu com Mia, uma cadela de 4 anos, sem raça definida.
“Na semana passada eu percebi que ela ficou bem indisposta, sempre com a boca aberta e ofegante. Para amenizar o calor, passamos a colocar pedras de gelos nos potinhos de água. Também colocamos um ventilador no quarto que ela fica com uma maior frequência”, conta Gessica Aragão, tutora do animal. Além disso, Mia também ganhou um tapete gelado, presente que ajudou a solucionar o problema.
De acordo com a veterinária, quando o cão fica mais quieto que o habitual ou se deita em locais com piso frio com as patas traseiras esticadas, também podem ser sinais de que ele está incomodado com o calor.
Raças que sofrem mais
Para algumas raças, a situação pode ficar ainda pior, principalmente para as que são mais peludas e originárias de regiões onde o inverno é muito rigoroso, como o husky siberiano, são bernardo, bernese e chow chow.
No entanto, mesmo tendo a pelagem curta, raças que apresentam o focinho achatado e são consideradas braquicefálicos também merecem atenção. São os pugs, buldogues, boxer e shih tzu, por exemplo, que têm maior dificuldade para trocar calor com o ambiente e para respirar.
O que fazer para ajudá-los?
A primeira dica é aumentar a quantidade de banhos e, para os que tem pelo longo, a alternativa é manter a tosa baixa. Uma pedra de gelo no pote de água também pode ajudar muito.
"Mesmo com o calor, o tutor deve secar o pet para que a umidade não colabore na proliferação de fungos e no aparecimento de problemas dermatológicos no cãozinho", alerta a veterinária.
Para que a tosa também seja saudável, o ideal é que permaneça pelo menos 5 cm de pelo, pois a pelagem atua como um isolante térmico e evita que o animal perca ou receba calor em excesso, explica Matos.
Também pode ser feita a tosa higiênica na região da barriga, que quando o cão se deitar no chão o contato direto com o piso frio possa ajudar a refrescá-lo. "Outra opção é deixar a temperatura mais amena com ar-condicionado ou ventiladores ligados no ambiente que o pet está, assim ele ficará mais refrescado".
Fonte: (R7)