Neste sábado, Dia Mundial dos Animais, os defensores dos bichinhos ganharam um motivo para comemorar: foi sancionada ontem a lei que oficializa a criação da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (CPA), que será ligada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, e começará a funcionar no ano que vem. O órgão irá focar questões como o abandono de animais domésticos e o uso deles para o transporte de carga.
O vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente, Délio Malheiros, informou que o órgão fará parcerias com Organizações Não Governamentais (ONGs) e pessoas físicas que atuam como protetores independentes. Conforme Malheiros, um decreto será publicado em breve regulamentando a criação da coordenadoria.
A CPA também buscará parcerias com fábricas de ração e faculdades, como a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, para custear tratamentos e castrações.
O órgão terá orçamento próprio, que Malheiros espera que gire em torno de R$ 250 mil anuais. “Os voluntários que se dedicam aos animais realizam um trabalho importante para a sociedade, com custos, não é justo que arquem sozinhos com isso”, avalia o vice-prefeito.
“Muitas vezes dói o coração, mas a gente deixa um bichinho para trás, porque não temos condição de assumir o custo e a responsabilidade. Uma vez eu resgatei um cachorro com cinomose (doença virótica grave), e o tratamento custou mais de R$ 1.000”, relata a estudante Cami Andrade, 24, que contou com campanhas nas redes sociais para ressarcir os gastos que teve.
Abrigos. O vice-prefeito anunciou que a CPA irá ceder terrenos de cerca de 400 metros quadrados para a criação de abrigos para animais domésticos abandonados e vítimas de maus-tratos. As áreas ainda não foram definidas, mas espaços na Via Expressa, na avenida Cristiano Machado e na avenida Antônio Carlos estão sendo estudados.
Segundo Malheiros, o Corpo de Bombeiros realiza o resgate de animais de rua em situação de perigo – como os que caem ou são abandonados no rio Arrudas – e quase sempre os responsáveis pela ação não sabem para onde levar o resgatado. A situação se repete com os policiais da Delegacia de Defesa e Proteção Animal, que resgatam animais de lares onde são violentados.
Atualmente, quem cuida dos animais de rua da capital é o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, que realiza serviços gratuitos de castração. À princípio, os trabalhos do CCZ não serão suspensos.
Fonte: Jornal O Tempo
Data: 6/10/2014 22:04:00
Fonte: (http://www.pea.org.br)