Na sessão ordinária desta terça-feira (8), representantes da Associação Protetora dos Animais de Feira de Santana (APA) usaram a tribuna livre da Casa da Cidadania, para mostrar o trabalho desenvolvido pela entidade, conscientizar a população sobre a importância de se cuidar dos animais e solicitar apoio dos vereadores e da população em geral.

Fundada em abril de 2002, a APA é uma entidade sem fins lucrativos que atua em favor da vida animal, recolhendo animais soltos na rua, protegendo, cuidando e encaminhando para adoção.

De acordo com a representante da entidade, Cândida Almeida dos Santos, a APA dispõe de um abrigo com mais de 250 cães e uma média de 150 a 160 gatos.

“A Associação Protetora dos Animais de Feira de Santana está completando 12 anos de luta, com êxito, graças a Deus. Apesar das dificuldades, nós temos realizado um bom trabalho, que deveria ser executado pelo poder público”, disse Cândida, acrescentando que a APA, praticamente, não recebe ajuda para desenvolver suas ações. “Para vocês terem uma idéia, a nossa despesa mensal é em torno de R$ 10.000,00. Agora, de onde tirar esse dinheiro?”, indagou.

Ela informou que a referida Associação sobrevive de doações. Na oportunidade, Cândida agradeceu aos vereadores que contribuem com a APA indicando verbas de subvenções sociais. No entanto, fez questão de salientar que a entidade passou um bom período sem receber esses recursos; “estamos recebendo agora”.

Cândida disse que Feira de Santana precisa de uma política em defesa dos animais. “Em todo o estado tem um político, alguém que defende os animais, mas aqui em Feira está muito difícil; cada dia a gente vê animais sendo maltratados nas ruas. Feira de Santana precisa ter projetos de castração, para reduzir a super população de animais”, cobrou.  

Em seguida, Graça Peixinho Monteiro, que é uma das fundadoras da APA, acrescentou que nesses 12 anos de atividade, a Associação tem trabalhado para coibir os maus tratos aos animais que puxam carroças em Feira de Santana; “os ditos veículos de tração animal, que na verdade são carroças caindo aos pedaços. Pouquíssimas são cadastradas”, afirmou.

Ela denunciou também que esses animais, além de trabalharem com fome e, muitas vezes  feridos, carregam peso excessivo e apanham dos “carroceiros cruéis”.

A representante da APA disse que, por diversas vezes, já solicitou providências ao Ministério Público e à Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, “mas nada foi realizado efetivamente para melhorar a situação desses animais”.

Graça Peixinho pediu aos vereadores que intercedam a favor dos animais junto à Promotoria de Meio Ambiente, que tem como titular o promotor Luciano Taques Ghignon. 

 

 

Fonte: (http://www.tribunafeirense.com.br/)