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Hospital veterinário público do Recife é adiado para 2016 13/03/2015 às 20:23:02
Com a promessa de contar até com SAMU animal, hospital veterinário do Recife ainda não começou a ser construído. Foto: Henrique Souza/Esp DP/D.A Press  
Com a promessa de contar até com SAMU animal, hospital veterinário do Recife ainda não começou a ser construído. Foto: Henrique Souza/Esp DP/D.A Press


Com 100 mil cães e gatos abandonados nas suas ruas, Recife é uma cidade com grande demanda de atendimento veterinário. Os preços cobrados nas clínicas particulares pesam no bolso de quem precisa de tratamento para seus bichos. Uma consulta com um especialista pode custar até R$ 260. Quem não tem condições de arcar com esses custos, precisa apelar para o hospital-escola da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Que, pelo perfil pedagógico, não tem condições de arcar com as demandas da cidade.

Promessa de campanha do prefeito Geraldo Júlio, que assumiu o governo em 2013, o hospital veterinário público no Recife ainda só está no papel. Apesar de a prefeitura ter prometido há um ano que a unidade estaria em funcionamento daqui a um mês, o terreno que vai receber a construção denuncia que ainda há muito a ser feito. Localizado na Avenida Estêvão Francisco da Costa, no bairro do Cordeiro, o local está abandonado. Tomado por vegetação e lama e com a presença constante de animais, é usado hoje por autoescolas para aulas de direção.

Além disso, a prefeitura ainda não anunciou o concurso para a contratação dos profissionais que trabalharão no hospital. Não há previsão de lançamento para o edital e nem sequer a ordem de serviço foi assinada. Agora, o secretário-executivo de Direitos dos Animais, Rodrigo Vidal, afirma que as obras começarão ainda no primeiro semestre. “O hospital estará funcionando no início de 2016. O edital para a contratação dos técnicos e veterinários está em análise e será lançado em breve”, declara.
 

A estrutura anunciada pela prefeitura conta com três consultórios, três salas de cirurgia e um bloco cirúrgico. Foto: Andrea Rêgo Barros/ PCR/Divulgação  
A estrutura anunciada pela prefeitura conta com três consultórios, três salas de cirurgia e um bloco cirúrgico. Foto: Andrea Rêgo Barros/ PCR/Divulgação


No papel, o projeto do hospital é grandioso. A Seda informa que vai contar com "25 médicos veterinários, que atuarão nas áreas clínica, cirurgia, anestesia, emergência, laboratório, radiografia e ultrassonografia. Por mês, serão realizadas cerca de 1.320 consultas, 1.320 radiografias, 550 ultrassonografias e 1.320 exames laboratoriais. As cirurgias que serão realizadas incluem castração de machos e fêmeas (220 mensais), procedimentos oncológicos (110) e ortopédicos (110). Com um terreno de 4.315,35 metros quadrados, a estrutura contará com três consultórios, três salas de cirurgia, um bloco cirúrgico, laboratório, unidade de recuperação, posto de enfermagem, ambulatório, emergência com dois isolamentos, sala de exames, dois canis e outros espaços. Compromisso do programa de governo do prefeito, o SAMU Animal também será implantado no hospital". Por enquanto, ainda é só uma promessa.

UFRPE tem hospital-escola
A necessidade do hospital veterinário público é urgente, já que o hospital da UFRPE, único do Recife, é um hospital-escola e  não tem como função atender às demandas gerais da população. Integrante da ONG Pet PE, Jayme de Medeiros já viveu na pele as dificuldades enfrentadas por quem utiliza o hospital. “O atendimento é muito demorado. Já fiquei esperando das 5h às 14h com um cachorro para castração até me informarem que não tinha material. Como também há muita gente, sempre que possível preferimos levar os animais para clínicas particulares”, afirma. E o problema não é de hoje. A estudante de direito Gabriela de Alcântara há dois anos precisou utilizar o hospital da UFRPE e a experiência não foi boa. “Levei um cachorrinho de rua que tinha sido atropelado e passei seis horas esperando até ser atendida. Não consegui marcar uma cirurgia para ele, que só tirou um raio-X e recebeu um curativo. Precisei fazer uma cota para operá-lo em uma clínica particular”, conta.
 

Com perfil pedagógico, hospital-escola da Universidade Federal Rural de Pernambuco não tem condições de atender sozinho às demandas da população. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press  
Com perfil pedagógico, hospital-escola da Universidade Federal Rural de Pernambuco não tem condições de atender sozinho às demandas da população. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press


A estudante de medicina veterinária Ana Patrícia Barbosa acredita que a falta de verba é a principal causa para os problemas. “Os profissionais são capacitados e a estrutura é boa, mas o hospital já precisou fechar por não possuir materiais básicos para o tratamento dos animais, como gaze. A marcação de consultas também é difícil, já que são apenas 60 fichas por dia e depois que todas são entregues nem mesmo emergências são atendidas”, diz. Procurado para falar sobre o problema, Lúcio Melo, diretor do Departamento de Medicina Veterinária da universidade, não quis comentar o caso.

Parceria com clínicas pode ser solução imediata 
Ativista do Movimento de Defesa Animal de Pernambuco, Goretti Queiroz acredita que o caminho hoje é outro. “Não sou contra a construção do hospital, mas penso que existem outras alternativas. Seria mais interessante para a prefeitura fechar parcerias com as instituições privadas e formalizar uma rede de tratamento veterinário nas clínicas existentes. Fechar um convênio e estabelecer um limite de atendimentos que seriam bancados pela prefeitura. Isso iria descentralizar o atendimento, evitando grandes deslocamentos por parte dos donos dos bichos, já que muitas vezes veículos como carros e ônibus não aceitam animais de estimação”, explica.
 

Uma solução para dar mais agilidade ao atendimento de cães e gatos da população carente seria uma rede de clínicas conveniadas, acredita Goretti Queiroz, da ONG. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press  
Uma solução para dar mais agilidade ao atendimento de cães e gatos da população carente seria uma rede de clínicas conveniadas, acredita Goretti Queiroz, da ONG. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press


Serra Talhada: Do sertão, vem o exemplo
A cidade de Serra Talhada saiu na frente do Recife e no mês passado inaugurou um hospital veterinário municipal. A prefeitura aproveitou uma área do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) já existente, que estava subutilizada, e com recursos próprios reformou o local. Embora ainda não esteja funcionando na sua plenitude, o hospital já conta com bloco cirúrgico e laboratório, oferecendo serviços como castração, vermifugação e vacinação para os animais. Outros recursos, como raio-X, estão em fase de licitação.

Cerca de R$ 70 mil  foram gastos na reforma e já são realizados entre 400 e 500 atendimentos mensais. As obras tiveram início em junho de 2014. “O foco do hospital são os animais abandonados. Cães e gatos encontrados na rua têm prioridade, enquanto bichos com donos precisam agendar a consulta”, explica Aron Araújo, secretário-executivo de saúde da cidade. São 22 profissionais trabalhando no local, entre veterinários, técnicos, biólogos e outros funcionários.

Além disso, o hospital tem uma parceria firmada com a ONG Animal Feliz, que funciona dentro da própria instituição. “A ONG atua cadastrando os bichos que chegam e sensibilizando as pessoas, ajudando a conseguir doações de ração, informando a população e auxiliam os animais a encontrar lares”, informa Aron.  

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: (Diário de Pernambuco)






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