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Catuaí terá que construir túneis para animais 25/06/2015 às 19:39:12

O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que permitirá a retomada das obras do shopping Catuaí, em Cascavel, possui 17 páginas de exigências de “natureza preventiva, de precaução e compensatória”. A maior lista de compromissos é do Grupo BR Malls.

Boa parte dos itens do acordo tentam amenizar os impactos da obra sobre os animais do zoológico. Até a iluminação do estacionamento e a fachada do shopping voltada à Rua Jacarezinho terá que ser adequada para não impactar os bichos.

Um ponto curioso é que o shopping terá que construir duas passagens subterrâneas para os animais. Uma ficará sob a Rua Tv. Independência (que separa o lago dos fundos do terreno do shopping) e outra sob a Rua Bom Jesus. Tudo “como forma de permitir o trânsito de animais até a mata da Área de Preservação Permanente localizada no loteamento Parque Caravelle”

Atualmente a jaula dos macacos é a que fica mais perto da Rua Jacarezinho. Por isso, o shopping também terá que construir um novo recinto para os macacos em área mais central do zoológico. O grupo BR Malls fará a reforma dos alambrados limítrofes do Zoológico e do Lago Municipal.

Além disso, será feita a recuperação ou plantio de novas espécies de árvores nativas no entorno do Zoológico para aumentar a barreira natural; construção de uma barreira (muro metálico) em frente ao encontro da Rua Machado de Assis com a Rua Jacarezinho.

Até a sirene utilizada atualmente pela Escola Alfa, que fica ao lado do empreendimento, será substituída por uma de “menor intensidade e timbre menos estridente”, isso se dará “conforme negociação com a referida instituição de ensino, sendo certo que não será considerado descumprimento por parte das compromissárias, caso haja negativa do estabelecimento em realizar a substituição”.

Nascentes

Pelo termo, proteção das nascentes do Rio Cascavel será ampliada com apreservação de três terrenos que fazem frente para a Avenida Brasil e que ainda não estão edificados. As áreas serão desapropriadas pois ficam muito próximo a nascentes. Até cinco dias após a homologação do acordo o grupo terá que depositar o valor de avaliação dos terrenos, acrescido de 30% e caberá ao município dar sequência na desapropriação. Caso o valor depositado seja insuficiente o município arcará com o custo.

Os lotes terão que ser limpos e reflorestados em 90 dias a partir da posse, conforme projeto do IAP, o local também terá que ser cercado.

Os empreendedooes também terão que isolar, com cerca tipo palito a área de preservação permanente entre as ruas Machado de Assis, Siqueira Campos e Rua da Bandeira  e também os limites do lago (para evitar saída de animais para a via).

O monitoramento da quantidade e qualidades das águas subterrâneas e superficiais terá que ser feito semestralmente.  Foi assumido ainda o compromisso de manter 40% da área utilizável permeável, mesmo que adotadas soluções alternativas na construção.

Para minimizar a erosão serão construídos três dissipadores de energia buscando minimizar a erosão vertical dada pelo despejo de galerias pluviais no leito do Rio Cascavel. Também serão feitas obras na Rua Siqueira Campos para evitar a erosão com a água da chuva.

O shopping contará com um sistema de captação e armazenamento das águas das chuvas que serão usadas para recarga do lençol freático com uma tecnologia chamada “dreno ecológico”.

O documento também obriga o Catuaí a manter uma campanha continuada de Educação Ambiental e a incentivar o uso de bicicletas.

Qualquer item descumprido pelo empreendimento gerará multa de R$ 5 mil ao dia ao shopping.

Chega de obras

O documento também inclui obrigações para o município, Ibama e IAP, estes dois últimos, principalmente relacionado à fiscalização do empreendimento. A orientação é que o IAP não autorize mais obras no entorno do Parque Paulo Gorski.

“Obrigação de não-fazer, consistente em não licenciar e não permitir novos empreendimentos em outros imóveis situados no entorno do Parque 'Paulo Gorski', definido no plano de manejo decorrente da obrigação contida na Cláusula Terceira, § 1º, inc. V, com as mesmas características fáticas discutidas na presente ação civil pública, com intuito de se evitar adensamento construtivo na região do lago”

Apesar da longa lista de compromissos, a TAC salienta que a celebração acordo não afasta a responsabilidade do empreendedor sobre os danos ambientais que possam ocorrer.

O termo destaca que foi considerado “o princípio constitucional do desenvolvimento sustentável” e afirma que as fundações já executadas não causaram impactos ambientais.

“A área de construção do empreendimento não é considerada por qualquer legislação (federal, estadual ou municipal) como área non aedificandi (...). A construção do empreendimento não avança sobre a Área de Preservação Permanente existente dentro do terreno, a qual se encontra devidamente recuperada pelo empreendedor e separada do restante do lote através de  cercamento, tal como constatado presencialmente por ocasião da inspeção judicial realizada no dia 29 de maio”

Retomada

O TAC permite a retomada das obras assim que ocorrer a homologação do documento, prevista para segunda-feira (29). A assessoria de imprensa do shopping prefere esperar esta data para se manifestar sobre o reinício dos trabalhos. Segundo eles, todo o cronograma será refeito e ainda é cedo para falar de uma provável data para a inauguração. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: (CGN)






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