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Cães Farejadores: cachorros que se tornam heróis 13/02/2019 às 21:59:39

Depois de mais uma tragédia ambiental envolvendo o deslizamento de barragens com rejeitos de minérios – desta vez em Brumadinho (MG) – os olhos do mundo inteiro se voltaram para o estrago que uma ação irresponsável do ser humano pode causar na natureza. E, quem poderia salvar a humanidade dela mesma? Ironicamente, a outra vítima. Na forma dos cães farejadores, a mãe-natureza prova sua compaixão novamente e ajuda a salvar e consolar famílias que procuram seus entes queridos em meio ao lamaçal.

Buscas continuam em Brumadinho (MG) | Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros

A arma infalível: o olfato

Não se tem uma data precisa de quando os cães começaram a ajudar os seres humanos a detectar ou encontrar coisas e pessoas com o olfato. Só se sabe que este sentido é o mais aguçado nos cães – especialistas dizem que o primeiro que se desenvolve e o último que “morre” em um cão.

As famosas ramificações dos nervos olfativos na cavidade nasal de um cão ocupam cerca de 160 cm², enquanto no ser humano os nervos olfativos só ocupam a área de 5 cm². As células olfativas do ser humano são contadas em até cinco milhões e, no cão, podem atingir 220 milhões!

Além disso, outra característica marcante e peculiar é que a “impressão digital” dos cães está no nariz. Aqueles caminhos de ‘fendas’ que encontramos no nariz de cada um são únicos para cada cachorro.

Uma profissão digna

Mesmo não sabendo qual o dia e o ano que os cães começaram a auxiliar os seres humanos nos seus afazeres através do seu infalível olfato, é possível verificar que diversas atividades foram – e ainda são – realizadas com a ajuda canina.

Nos relatos mais antigos, existem provas de que os cães e o seu olfato ajudavam a detectar inimigos durante a guerra, localizar a presa em meio a ambientes cheios, pastorear e encontrar ovelhas perdidas através de seu cheiro e também achar pessoas perdidas.

Cão pastoreando

Hoje em dia, temos os cães de trabalho como os cães farejadores e de resgate, atuando com as polícias em trabalho de detecção de drogas, intimidação de bandidos e rondas policiais ostensivas. Já com os bombeiros, os cães podem atuar como localizadores de vítimas como vem ocorrendo em Brumadinho (MG) depois da tragédia com o rompimento da barragem de rejeitos de minério.

O treinamento para estes heróis depende da função que vão exercer. Porém, independentemente da função, todos os cães vão ser analisados ainda quando filhotes para que os treinadores observem se o temperamento do filhote será adequado à profissão que ele irá desenvolver. Se não tiver a personalidade correta, talvez aquela vocação não seja a dele…

Treinamento anti-drogas

Depois de garantida a “vocação”, vem o treinamento. No caso do cães farejadores, com dois meses os cãezinhos aprendem os comandos básicos como ‘senta’, ‘deita’, ‘junto’ para se acostumar com as ordens e por um “cursinho” de socialização.

Treinamento de comandos básicos para o filhote

Apenas com um ano completo é que o cão entra em contato com a droga através de saquinhos que são colocados em recipientes que costumam imitar os brinquedos nos quais eles estão acostumados.

Após se acostumarem com o odor das drogas, os cães farejadores de drogas começam a atividade de procurar os recipientes com os saquinhos cheios das substâncias. Para confundir e tornar a brincadeira ainda mais difícil, os treinadores adicionam outros cheiros como pimenta e cebola, no saquinho.

Quando ele acerta o local, recebe elogios e agrados. Quando erra, não recebe nada – nem punição. Depois de treinarem em ambientes fechados, vão para ambientes abertos e, por fim, começam a atuar com seus parceiros policiais.

Treino com o parceiro

Treino com o parceiro

Treinamento para resgate

Já o treinamento dos cães farejadores para resgate de pessoas é parecido, porém, o destaque fica, principalmente, para o condicionamento e o comportamento do cão. É importante que ele não seja retraído, com traumas anteriores, bem socializados, que suportem altos barulhos e que gostem de brincar – afinal, o treinamento é levado como brincadeira para os cães.

Treinamento para farejadores de resgate

Treinamento para farejadores de resgate

A diferença básica é que, ao invés de drogas, os cães farejadores para resgate treinam com outras variedades de cheiros, principalmente, para identificar os seres humanos que irão encontrar. A recompensa, neste caso, é quando encontram a pessoa procurada. Encontrou, é festa na certa. Por isso, a importância de ser um cão bem socializado e que se dê bem com tudo e com todos.

A relação com o homem

O trabalho é árduo e a relação com o ser humano é forte. Para os heróis humanos que os acompanham, estes cães são verdadeiros parceiros e até melhores amigos.

No recente caso de Brumadinho, um sargento do Corpo de Bombeiros emocionou internautas nas redes sociais. Leonardo mostrou seu parceiro Thor, de 5 anos, em pleno serviço, durante as atividades no interior mineiro.

“Eu sou o sargento Leonardo, esse aqui é o Thor”, escreveu o sargento no Instagram. “O Thor tem cinco anos e tá trabalhando muito, já encontrou um monte de vítimas por aí debaixo dessa lama. Agora ele vai descansar, tomar um suplemento vitamínico que os médicos veterinários vão passar pra ele e amanhã volta a trabalhar”, mostra Leonardo.

 

O bombeiro também conta sobre as experiências que já teve com o cão da raça Border Collie ao seu lado neste trabalho em Brumadinho e em outros resgates.

“Eu já perdi a conta de quantas pessoas ele achou já. Infelizmente, poucas vivas. Esse cão aqui já foi para várias missões comigo. Já esteve em Mariana, Herculano, Sardoá. O Thor trabalha muito comigo. Só hoje já fomos lá no pontilhão e perto do ônibus. Lugares de acessos muito difíceis”, contou o sargento.

Uma relação forte e duradoura. Leonardo e Thor simbolizam a variedade de cães e parceiros que estão em Minas Gerais trabalhando nos resgates. Juntos, eles compartilham cenas que dificilmente irão esquecer.

 

Fonte:  (Portaldo Dog)






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