Terapia assistida por animais vem ganhando interesse e investimentos da comunidade científica
O 6º Grupamento de Bombeiros Militar vem desenvolvendo um projeto social envolvendo a participação de cães como tratamento auxiliar de crianças com necessidades especiais da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e na Escola Municipal Múcio Teixeira Jr., na Capital.
Nas últimas décadas, a terapia assistida por animais vem ganhando interesse e investimentos da comunidade científica em função dos resultados alcançados através da interação homem-animal, promovendo a saúde física e psíquica das pessoas envolvidas.
O autor e coordenador do projeto é o capitão bombeiro Fábio Pereira de Lima – cinotécnico (especialista em cães) e adestrador de cães. Ele afirma que este trabalho é muito nobre com percepção dos resultados positivos logo nas primeiras semanas.
O projeto teve início em Corumbá tendo como 1º cão terapeuta o cão Airon da raça Golden Retriever, com cinco anos de idade, com características necessárias ao projeto, por ser dócil, companheiro, obediente e gostar muito de crianças.
“Para ser um cão terapeuta o cão necessita ter sido socializado com pessoas, objetos, lugares e ruídos, precisa se vacinado, ser dócil, obediente”, afirma o capitão.
Hoje o projeto conta com mais dois cães integrando a equipe de cães terapeutas que são: o cão Kauê, também da raça Golden Retriever e o cão Argus, da raça Pastor Suiço que se encontra em treinamento.
As sessões de terapia ocorrem uma vez por semana com duração de 1 (uma) hora cada sessão e contam com a participação de diversos profissionais da Escola, Apae e Corpo de Bombeiros Militar que são: professores, psicólogos, pedagogos e um oficial bombeiro cinotécnico e auxiliares. As crianças interagem com os cães desenvolvendo habilidades específicas como motoras, a fala, afetividade, relacionamento pessoal, companheirismo, socialização e memória.
São monitores do projeto os seguintes bombeiros militares: 3º SGT BM Silvair, CB BM Machado, CB BM Thiago, CB BM Vinicius e SD BM Luís Leite, tendo como médico veterinário responsável Antônio Carlos de Abreu (CRMV-MS 1195).
Para ser um cão terapeuta o cão passa por uma avaliação, sendo observado principalmente o seu temperamento: O cão tem que ser dócil, não pode ser sensível ao toque ou barulho e deve estar em ótimas condições de saúde atestado por um veterinário.
Ao final de seis meses será feito um relatório apontando o desenvolvimento individual de cada aluno. Para isso a percepção realizada pela equipe multidisciplinar avaliará todo desenvolvimento intelectual, físico e psicomotor sendo registrados em fichas individuais em cada sessão de terapia com os cães.
Fonte: (http://ronda.org.br/)