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CURIOSIDADES
Todos animais têm direito a vida 11/03/2015 às 21:06:11
TODOS OS ANIMAIS TEM DIREITO A VIDA

TODOS OS ANIMAIS TEM DIREITO A VIDA

 

Uma iniciativa pioneira no estado do Espírito Santo movimentou os amantes de animais, principalmente as classes menos favorecidas da região metropolitana da grande Vitória, ES.  

A médica veterinária Drª Patricia R. Oliveira inovou e acalorou os discursos e opiniões sobre um consultório de atendimento médico veterinário popular instalado no bairro de Laranjeiras no município de Serra, ES, e onde as consultas são agendadas previamente (Mvet Popular).
“Veja bem, aqui é um consultório médico veterinário onde eu atendo tanto os meus clientes particulares e para estes cobro o valor da tabela como é cobrado em todos os consultórios, mas eu também atendo os carentes, com uma diferença: O tutor de animal carente precisa comprovar que não tem renda. Existem vários projetos semelhantes em outros estados na área de medicina veterinária e nas mais diversas áreas profissionais, Isso não e nada tao absurdo, e um projeto de beneficio social ”.

Indagada sobre este amor por animais, se já fez loucuras para salvar algum animal e se esta no sangue a medicina veterinária, Patrícia declarou que já fez algumas coisas para salvar animais, (ela ri muito e diz: foi por amor, mas nada que seja o fim do mundo) e que convivia com animais no consultório de seu pai o também médico veterinário Silvio.
“Eu me lembro de uma cliente de nome Bequinha que tinha um cachorrinho que estava com miiase e papai aplicava um produto roxo no pelo dos cães. Eu tinha doze anos e via papai fazer o procedimento. Quando ela chegou ao consultório eu fiz exatamente como vi, tirei as lavas um por uma e o cachorro ficou sarado. Um dia ela voltou e disse: Dr Silvio eu não vou te pagar, vou pagar a sua filha. Foi meu primeiro dinheirinho que ganhei na minha vida com doze anos”.

O clima é quebrando quando Drª Patrícia é indagada sobre quantas vezes já chorou por um animal. Ela respira e é direta:
“Eu choro toda vez quando eu tenho que fazer eutanásia para acabar com o sofrimento de um animal”.

Dizem que a Patrícia é uma fera! Ela não titubeia e responde:
“A Patrícia é uma fera. Eu não consigo compactuar com coisas que vão contra meu caráter e minha forma de pensar”.

Mas esta fera é domada diante de um animal?
“Vamos esclarecer as coisas, a Patrícia é uma fera com o ser humano. Eu admito! O ser humano nasce puro e se corrompe, vira mal. E o animal não, ele nasce puro, permanece puro e só se transforma em mal por causa da maldade do ser humano”.

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“Decidi fazer este consultório para que todos tenham direito de atendimento médico veterinário.

Você aprendeu com os animais? Eles te controlam?
“Nós aprendemos todos os dias. Mas digamos que eu e os animais vivemos meio que equilibrados. Nós nos entendemos muito bem”.

Drª recentemente a senhora foi denunciada no CRMV-ES. Por favor, nos explique por que.
“Na verdade a denuncia foi feita porque alguns colegas estão interpretando o projeto de uma forma errada e diferente do real sentido do projeto. Ninguém veio até a mim para perguntar nada e tomaram as conclusões. Vamos deixar bem claro as coisas: O Auaubergue não é uma clinica é um alojamento para animais resgatados que ja receberam alta de clinicas veterinárias ou já passaram por consultas veterinárias e quem resgatou não tem onde deixar durante o período de tratamento ( medicações orais, curativos, pós operatórios etc) Alojamos no AuAubergue animais que já foram atendidos por vários colegas veterinários de varias clinicas diferentes. O AuAubergue não tem UTI, não tem centro cirúrgico e eu não sou dona do Auaubergue, é uma ONG, onde um grupo de pessoas fundou e eu sou médica veterinária voluntária”.

De onde veio a ideia de ajudar o AuAubergue.
“Desde que comecei a atender percebi que os abrigos são mal administrados, muitos protetores certamente com muito boa vontade fazem as coisas por conta própria, porque não tem conhecimento. É uma série de coisas erradas que acontecem, não por eles desejem, mas é por necessidade na tentativa de ajudar estes animais. E no Auaubergue como foi fundado por um grupo de pessoas que eu conhecia, me ofereci para assessorar nesta parte veterinária. O projeto evoluiu muito e tenho certeza que vai se aprimorar ainda mais”.

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“Eu choro toda vez quando eu tenho que fazer eutanásia para acabar com o sofrimento de um animal”.

Doutora Patrícia, como nasceu o consultório popular?
“Foi justamente atendendo a demanda de animais resgatados que eu vi a necessidade das pessoas que traziam seus animais no Auaubergue. E eu não tinha como atender os animais no abrigo, e não tinha disponibilidade de tempo de fazer consultas a domicilio, E ai eu levava estes animais para serem atendidos nos consultórios onde eu trabalhava. Só que eu ouvi dos empresários que os animais estavam atrapalhando e fazendo que eles perdessem dinheiro por causa dos descontos que eu dava”.

Muito bem doutora Patricia, o consultório esta instalado, como a senhora afirmou o Auaubergue é uma ONG e o MVET é uma empresa. Agora esta tudo certo conforme a exigência lei?
“Hoje o consultório tem CPNJ, alvará do corpo de bombeiros e a liberação provisória da vigilância sanitária. Eu como médica veterinária estou com as minhas obrigações em dia diante do CRMV-ES e o consultório tem tudo que precisa para seu funcionamento, estamos 100% cumprindo as exigências dos órgãos fiscalizadores”, esclareceu a médica veterinária.

O bem estar animal e a proteção no ES evoluiu?
“Nem um pouco a cada dia que passa esta regredindo. O estrelismo, a competição entre as pessoas que deveriam se unir e falta de apoio político. Olha muitos se dizem protetores de animais, mas quando outro protetor pede ajuda! O que se ouve é: não, você resgatou, você cuida…E na hora de se unir para exigir benefícios para os animais não querem participar porque isso não dá status. É verdade, não dá status batalhar por castração de animais de rua, não da status se unir para leis justas a favor dos animais”.

Castração é solução?
“Com certeza, sem dúvida. Mas veja bem: E fundamental o bom senso das pessoas, porque somos veterinários, estudamos e investimos na nossa carreira, o que mais vemos são pessoas que tem condições de pagar pelo serviço, levarem seus animais para as castrações gratuitas. Os animais que realmente precisam, aqueles que não tem ninguém que zele por eles, os abandonados, os sem domicílios que realmente precisam, e esses animais não tem quem os resgate das ruas e leve os para a castração. Esses animais não batem na porta dos órgãos responsáveis e dizem me castra por favor). E as pessoas que tem condições tiram a vaga desses animais que realmente precisam”, enfatizou Drª Patrícia desejando mais seriedade.

Doutora Patricia a pergunta que não quer calar. Como a Drª Patricia classifica os animais de baixa renda? E se a patroa mandar o cachorrinho com a secretária do lar afirmando ser dela, ou alguém usando um documento falso?
“É simples, a pessoa que aqui vem declara residência e renda (Carteira profissional, contracheque ou declaração de renda, ou outras formas de renda) e preenche uma ficha cadastral com seus dados e assina, e neste momento e comunicado que caso as informações prestadas não forem verdade isso considera se agir de ma fe ele pode responder processo por falsidade ideológica. Já aconteceu alguns casos semelhantes aqui… e a pessoa quando indagada ela mesma corrige a informação e arca com as despesas como particular”.

Os capixabas ao saberem da noticia que um consultório veterinário popular existe a sociedade quase entrou em polvorosa.
“Decidi fazer este consultório para que todos tenham direito de atendimento médico veterinário. Você já viu a quantidade de animais que estão nas ruas, principalmente na periferia?. Porque essa população carente não pode ter atendimento veterinário? A grande maioria quer tratar e prevenir doenças de seus animais, mas não possuem renda para isso, eles amam seus animais tanto quanto quem mora nos bairros nobres. Eles não têm condições de pagar 80, 100 ou 150,00 de consulta. Atendo na maioria pessoas que já não levavam seus animais em veterinário. E tem uma coisa muito importante não é só uma consulta: São exames, medicação e muitas vezes tratamento especializado e por ai vai. E esta bola de neve pode ser todo o dinheiro em um dia de alguém que sobrevive de salário mínimo. Ela vai comer o que”?

A médica veterinária finalizou afirmando:
“A mesma atenção que dou ao animal do cliente que pode pagar uma consulta particular, dou ao cliente que não pode pagar, fiz meu juramento para proporcionar qualidade de vida ao animal, e isso significa tratar de forma igual o animalzinho de quem tem renda e o animalzinho de quem não tem”.

O objetivo do consultório é oferecer também à comunidade carente atendimento veterinário para manter os animais sadios, tudo isso com uma redução que chega a 50% do valor cobrados em clínicas particulares. As cirurgias são realizadas em hospitais veterinários parceiros.

 

 

 

 

Fonte: (Vida Pet News)

 






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